Iria fazer uma sessão com a Gabrieli Dorta, um editorial, onde ela se vestiria com roupas mais masculinas e teria algumas poses masculinas (vocês verão esse editorial em breve aqui no meu site). Estava tudo dentro da normalidade, até que o namorado da Gabi, o Matheus, me chamou durante a semana, e me falou uma ideia que teve.
O plano seria o seguinte: em determinado momento da sessão, ele iria pedir a Gabi em casamento. Ele sugeriu que deixássemos a modelo vendada, pensando que seria algo ensaio, mas nesse momento ele iria aparecer com a aliança para fazer a proposta.
O casal veio de Vinhedo e quase chegaram pontualmente, só não chegaram pois o carro do Matheus resolveu morrer na rua da locação.
Então enquanto fotografávamos, ele ficava ligando para a seguradora, para ver o guincho. Normalmente o Matheus fica fotografando o making of da sessão.
Quando chegou o momento do pedido, estava tudo pronto, o reboque do carro apareceu. Matheus ficou entre descer e ver o negócio do carro ou fazer o pedido. Resolvemos que era a hora do pedido. O meu papel era simples: fotografar o inusitado momento.
Quem me conhece, sabe que eu fotografo cena que eu dirijo, que eu tenho na minha mente. Esse negócio de registrar algo que está acontecendo, como evento ou fotojornalismo, não é a minha praia. Porém, eu cuidei para que a Gabi vestisse um sutiã, afinal, ela não iria poder usar as fotos se estivesse semi nua.
Vendamos a modelo, o Matheus fez o pedido muito bonito, todo delicado. Gabi ficou emocionada, segurou as lágrimas, para não estragar a produção. E eu? Eu fiquei fotografando, todo nervoso, fiquei clicando feito louco, não me atentei muito à abertura, enfim. Esse tipo de trabalho não é para mim. Mas ficou registrado o momento!
Comments