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Foto do escritorFernando De Santis

Qual a sua identidade na fotografia?


Jhennyfer Mendonça, e o Anhangabaú, ao fundo.
Jhennyfer Mendonça, e o Anhangabaú, ao fundo.

Outro dia comentaram como a cidade de São Paulo sempre está presente nas minhas fotos, mesmo que sejam as fotos internas. Fiquei pensativo, fui ver meu feed, no Instagram, e de fato, a cidade aparecer nas fotos, e meio que também virou uma assinatura minha.


Amanda Ellen e clássicos ao fundo
Amanda Ellen e clássicos ao fundo

Acho interessante quando vejo uma foto que eu nunca tinha visto, mas reconheço (ou desconfio) quem seja o autor da obra, seja pela cor, pela abordagem, pela estética, estilo ou tudo isso. Muitas pessoas me chamam e contam que reconhecem fotos minhas em outros perfis, que postam meu material SEM autorização "nossa, vi uma foto no perfil Tal, tenho certeza que é sua!".


Sempre buscamos essa identidade, essa assinatura na nossa carreira, e pelo o que tenho entendido, essa assinatura vai mudando com o tempo, não sei se evolução é o termo certo, mas muda.

Carol Trevisan e o Centro
Carol Trevisan e o Centro

Ás vezes pego uma foto que fiz há anos, e reconheço alguns traços que carrego até hoje nos meus trabalhos. Outras vezes, olho uma foto e penso "porra, como eu tinha pensado nisso!? Hoje eu não faria assim!".


E sinto que é não é certo ou errado, ou melhor e pior. É a fase que vivemos, as experiências que temos no momento da foto, nosso mood, enfim, uma série de fatores ajudam a colocarmos nossos sentimentos e ideias dentro de um quadro.


E São Paulo (quando estou em São Paulo) tem sido um elemento sempre presente nas minhas fotos. Acho que tem relação com a cidade engolir tudo ao redor, consumir tudo, trazer o peso, o cinza, o horizonte cheio, às vezes o céu tão escondido... gosto da ideia de alguém, em uma janela, vendo todos e todos não vendo essa pessoa. Ou talvez alguém esteja vendo, nunca sabemos.


Acredito que essa assinatura apareça de forma espontânea, quanto mais você forçar, mais irreal pode parecer, então deixe fluir, comece a olhar seu trabalho como um todo, trabalhos mais antigos, mais novos, revisite trabalhos que você não via há tempos. De repente você já tem alguma identidade e ainda não reconheceu, basta olhar de longe, ou de repente, pedir para que outras pessoas olhem seu trabalho de forma mais ampla.




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